segunda-feira, 26 de março de 2012

City Tour

Depois de 24 horas de tréguas, a chuva voltou, mais forte ainda, pujante, poderosa, demolidora.
Previsto estava o City Tour que não deixou de se realizar.
O seu ponto forte era a visita à Fortaleza dos Reis Magos, mas, se havia de chover, foi no momento em que lá chegámos. Um dilúvio acompanhado por fortes rajadas de vento que ameaçou  os mais afoitos.
Arriscar a travessia do passadiço até à Fortaleza, poderia (quem sabe?) dar direito, para além de uma molha monumental, a um mergulho no oceano.
Muito tristes, dentro da van, vislumbrámos um indistinto perfil do monumento, através da compacta cortina de chuva.
E, como o que tem de ser, tem muita força, prosseguimos a visita guiada à parte histórica da cidade de Natal.
A guia, motorista ao mesmo tempo, ia debitando informações enquanto se esquivava às profundas lagoas e enxurradas que, entretanto se formaram, lançando o caos no tráfego.



Este edifício histórico, em linhas clássicas, é bonito, pese embora, a teia horrorosa de fios de alta tensão, que o rodeia.
Em primeiro plano, uma homenagem a um ilustre cidadão (Alfredo de Villena Valladão, se a memória não me trai...)

Uma moderna ponte, construída recentemente, para encurtar distâncias.
O casario antigo espalha-se, ao acaso, em seu redor.
Grande parte dele é habitado por pescadores.

No centro de artesanato, fui surpreendida com verdadeiras maravilhas.
Esta imensa manta de fuxicos, recobre o teto da área de entrada.
O efeito é surpreendente e francamente bonito.
Confesso que não sou particularmente entusiasta pelos chamados Centros de Artesanato que costumam exibir repetições sobre o mesmo tema, o que banaliza qualquer trabalho.
Aqui, porém, isso não aconteceu. Vi  bordados e rendas de uma beleza e originalidade absolutas.
A própria "teia" realizada em fuxicos é uma amostra dessa criatividade, do golpe de asa que transforma o "bonitinho" em extraordinário.


Estas eram as instalações de um antigo presidio.
 Aqui, os artesãos converteram cada cela numa loja.

Daqui, correndo sob chuva intensa até à van, dirigimo-nos para o local onde cresce o maior cajueiro do mundo.



À chegada ao recinto, esta tabuleta atesta a veracidade do fenómeno.


É assim, até onde a vista alcança, um só cajueiro, um mar verde, denso, pujante.
E, magnânima, a chuva parou de cair por breves momentos.
Voltou pouco depois e, foi assim, atravessando charcos, que regressámos ao hotel.
Haja paciência.

Beijos,
Nina

P.S. A minha querida Conceição Esteves está a lançar um concurso.
É favor visitá-la, porque vale muito a pena.
Encontra-se aqui:
http://agulhas-soltas.blogspot.pt/